Para que você entenda a importância da otimização metabólica, preciso explicar como seu metabolismo funciona, mesmo que de modo geral. Quando falamos em metabolismo, estamos nos referindo ao conjunto de reações químicas realizadas em nível celular, responsável pela produção de energia, pela construção e manutenção do organismo.
É claro que se trata de um processo complexo, mas, conhecendo os dois princípios básicos a seguir, você entenderá porque precisa de seu metabolismo em pleno funcionamento. Acompanhe!
Entenda seu metabolismo
Catabolismo e anabolismo
As reações metabólicas são divididas em dois tipos de processos: anabólicos e catabólicos.
De forma simplificada, toda reação na qual há quebra de moléculas maiores em menores e liberação de energia caracteriza o catabolismo. Exemplos disso são a digestão de alimentos e a própria respiração celular.
Isso acontece, por exemplo, quando ingerimos proteínas. Essas estruturas são decompostas em aminoácidos (os quais participarão de outros processos metabólicos) e há produção de energia. A mesma lógica se dá quando comemos gorduras e carboidratos.
Estão envolvidos no catabolismo diferentes enzimas e hormônios como adrenalina, cortisol, glucagon e citocinas.
Essa é uma reação comum, também, durante a prática de exercícios, principalmente, aeróbicos, quando o organismo utiliza o alimento armazenado para convertê-lo em energia. Por isso, há queima de calorias e de gorduras.
Por outro lado, o anabolismo é um processo de síntese, ou seja, de construção. É uma via biossintética, em que estruturas simples são convertidas em moléculas complexas. É o caminho inverso do catabolismo, o qual utiliza essa energia produzida, associada a outros nutrientes, para manutenção, reparação e “crescimento” de tecidos e de estruturas do corpo.
Normalmente, estão envolvidos hormônios como estrogênio, testosterona, hormônio do crescimento, insulina, entre outros. O processo acontece, principalmente, com o corpo em repouso, após atividade física. Os exercícios de força (musculação) são considerados anabólicos, pois aumentam a massa muscular.
Como você pode notar, catabolismo e anabolismo são reações distintas e irreversíveis, mas que dependem uma da outra para cumprir suas funções.
Metabolismo basal
A Taxa Metabólica Basal (TMB) indica a quantidade de energia necessária para manter as atividades vitais (e involuntárias) do organismo em repouso ou em jejum, medida em calorias. Como exemplo, considere sua respiração e seus batimentos cardíacos. Seu corpo gasta cerca de 70% da energia produzida para manter essas funções.
Quando realizamos a bioimpedância aqui no consultório, esse é um dos parâmetros avaliados. Ele é importante pois quanto mais alta é a TMB, mais acelerado é o gasto
calórico de seu organismo, consequentemente, é mais fácil para você perder/manter o peso.
A título de curiosidade, você pode acessar esse link para calcular sua TMB. É só uma estimativa, é importante compará-la com outros parâmetros para que seja, de fato, uma análise relevante.
Metabolismo lento e metabolismo acelerado
Com certeza você já ouviu essas expressões, não é? Elas significam o tempo gasto pelas células para realizar as reações de degradação e de síntese metabólica.
Metabolismo rápido implica um gasto de energia maior no processo; seu organismo consome mais rapidamente o que ingere. Já o metabolismo lento, implica um gasto menor e consumo mais lento. Eventualmente, ocorre o estoque excessivo de energia (ganho de peso).
Por que a gente engorda
O ganho de peso está associado a nossa taxa metabólica, que mede a velocidade com que o organismo usa os estoques de energia, medidos em calorias (kcal). Usualmente, podemos considerar que ela equivale a 1,5 vezes a TMB, em média. Essa taxa é maior do que a TMB pois não ficamos o tempo todo em repouso, certo?
Ela está associada ao gasto energético para realizar nossas atividades, como trabalhar, caminhar, dirigir, praticar exercícios, tomar banho, ler, enfim, tudo o que fazemos ao longo do dia.
Aqui entra aquela “matemática básica” do ganho ou da perda de peso: se gastamos mais energia do que consumimos, emagrecemos; se a ingestão é maior do que a queima, engordamos.
E o que influencia na velocidade do metabolismo
Vários fatores influenciam nesse aspecto: idade, peso, sexo, genética, temperatura, rotina de refeições e dieta, prática regular de atividade física, composição corporal, níveis de hormônios e de estresse.
Estamos chegando a um ponto bastante importante da explicação: algumas alterações ou doenças, deficiências nutricionais e desequilíbrio hormonal podem provocar uma “desorganização metabólica”, o que compromete não só a velocidade dos processos químicos, mas os resultados.
Fatores que alteram seu metabolismo
Nossos hábitos de vida e fatores genéticos são os principais responsáveis pelo bom ou mau funcionamento do metabolismo.
O que prejudica:
Alimentação rica em carboidratos simples e refinados
Dieta pobre em nutrientes (minerais, vitaminas, gorduras boas e proteínas)
Estresse excessivo
Sono desregulado
Falta de rotina alimentar
Desidratação
Sedentarismo
Pouca massa muscular
Desequilíbrio hormonal
O que favorece:
Alimentação rica em proteínas com alto valor biológico: ovo, peixe, frango e carnes magras
Ingestão de alimentos termogênicos: gengibre, pimenta, canela, café, chá verde e de hibisco
Prática regular de exercícios físicos, principalmente, de força (musculação)
Aumento da massa muscular
Sono de qualidade
Saúde mental
Equilíbrio hormonal
Corpo hidratado
Otimização metabólica
Otimização metabólica e os melhores resultados
Durante a consulta aqui no consultório, realizo a anamnese, o exame de bioimpedância e solicito exames complementares para avaliar se existem doenças pré-existentes, risco aumentado para elas, o perfil hormonal e bioquímico do paciente.
Não adianta traçarmos um plano para alcançar os objetivos desejados (e necessários) sem avaliar a condição do organismo como um todo. A resposta ao tratamento bem como a promoção de saúde dependem de um organismo “em ordem”.
Essa análise minuciosa me permite verificar se há:
Deficiências nutricionais
Desequilíbrio na composição corporal
Alto grau de inflamação corporal
Doenças ou mau funcionamento intestinal (disbiose, por exemplo) e hepático (esteatose, por exemplo)
Intoxicação por metais pesados e disruptores endócrinos
Desequilíbrios hormonais
Como é feita a otimização metabólica
Com esse diagnóstico, é possível traçar protocolos de otimização metabólica. O tratamento é feito por meio de terapias orais e injetáveis, que visam a recuperação das funções alteradas, a desintoxicação e a desinflamação do organismo.
Em alguns casos, quando as funções têm comprometimento leve a moderado, é possível conciliar esse tratamento com o objetivo principal, seja ele emagrecer, hipertrofiar, tratar doenças pré-existentes seja melhorar a saúde e o bem-estar em geral.
No entanto, quando a disfunção metabólica está elevada, é necessário, primeiramente, “organizar a casa”.
Benefícios que se somam
Quando seu metabolismo funciona a plenos motores, com máximo aproveitamento, você conquista seus objetivos com maior velocidade e com melhores resultados. E é esse o objetivo da otimização metabólica.
Além disso, há ganho de saúde, de energia, de disposição e de bem-estar, afinal, seu corpo está funcionamento da melhor forma possível.
A otimização metabólica, para ser um tratamento seguro e eficaz, deve ser indicada e acompanhada pelo médico. Nunca realize suplementação ou use medicamentos sem orientação de um especialista.
Se você quer saber mais como a otimização metabólica pode te ajudar, mande sua mensagem para mim!
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