Baixa testosterona em homens: sintomas, riscos e tratamentos
- Dra. Thaísa Bramusse
- 22 de jul.
- 4 min de leitura

A baixa testosterona em homens é uma condição cada vez mais comum, apesar de ainda subdiagnosticada. O que muita gente não sabe é que esse hormônio é responsável por muito mais do que libido e ereção. Ele impacta diretamente o humor, a composição corporal, a saúde óssea e até a expectativa de vida.
Neste artigo, você vai entender os principais sintomas da baixa testosterona, os riscos envolvidos e os tratamentos mais eficazes disponíveis atualmente.
O que é testosterona e por que ela é tão importante?
A testosterona é o principal hormônio sexual masculino, produzido principalmente pelos testículos. Ela atua em diversas funções:
Desejo sexual (libido);
Função erétil;
Produção de espermatozoides;
Manutenção da massa muscular e força;
Densidade óssea;
Distribuição de gordura corporal;
Regulação do humor e energia;
Concentração e raciocínio.
Sintomas da baixa testosterona em homens
A deficiência de testosterona pode provocar uma série de sintomas físicos, sexuais e emocionais. Entre os principais estão:
Sintomas específicos:
Libido diminuída;
Disfunção erétil;
Menos ereções espontâneas;
Atrofia testicular;
Diminuição de pelos e barba.
Sintomas gerais:
Cansaço constante;
Falta de motivação;
Diminuição de massa muscular;
Dificuldade de concentração;
Depressão, irritabilidade ou ansiedade;
Insônia.
Doenças associadas:
Diabetes tipo 2;
Síndrome metabólica;
Hipertensão;
Apneia do sono;
Obesidade e aumento da gordura visceral;
Osteopenia e osteoporose;
Infertilidade.
Importante
Estudos mostram que homens com testosterona total abaixo de 350 ng/dL têm risco 2,6 vezes maior de mortalidade. E, se esse homem for obeso e tiver circunferência abdominal maior que 102 cm, o risco sobe para 3,3 vezes!
O que pode causar a baixa testosterona?
As causas são diversas, incluindo:
Envelhecimento natural (andropausa);
Obesidade;
Sedentarismo;
Estresse crônico;
Diabetes tipo 2;
Uso prolongado de opioides ou corticosteroides;
Doenças genéticas ou autoimunes;
Traumas testiculares;
Disfunções da hipófise (região do cérebro que regula a produção hormonal).
Diagnóstico: como saber se você tem baixa testosterona?
O diagnóstico é feito por meio de exame de sangue, com dosagem de testosterona total e, em alguns casos, testosterona livre.
Valores abaixo de 300 a 350 ng/dL de testosterona total, especialmente na presença de sintomas, costumam indicar deficiência.
E claro, é indispensável avaliar os sintomas do paciente, sua condição clínica e, se necessário, solicitar exames complementares para investigar causas e comorbidades.
Tratamento da baixa testosterona em homens
O tratamento vai depender da causa, da idade do paciente e da gravidade dos sintomas. A boa notícia é que existem diferentes opções eficazes, que têm devolvido a saúde e a qualidade de vida aos homens que sofrem com a condição.
1. Reposição de testosterona
Essa é a parte medicamentosa do tratamento, quando fazemos a reposição hormonal de testosterona. Ela pode ser feita por diferentes vias:
Gel transdérmico: aplicação diária na pele;
Injeção intramuscular: aplicações quinzenais ou trimestrais;
Implantes subcutâneos: chips que liberam o hormônio gradualmente.
A reposição deve ser acompanhada de perto pelo médico, com monitoramento a cada 3 a 6 meses, com exames, avaliação da evolução dos sintomas e de possíveis efeitos colaterais.
2. Mudanças no estilo de vida

Como a baixa testosterona em homens pode ter origem comportamental, é preciso mudar hábitos prejudiciais. Afinal, repor o hormônio sem agir sobre a causa é como colocar água em um balde furado.
Faz parte do tratamento:
Atividade física regular, com foco na musculação;
Perda de peso em casos de obesidade;
Alimentação equilibrada, rica em proteínas, gorduras boas, zinco e vitamina D;
Controle do estresse e melhora da qualidade do sono;
Abandono de cigarro e moderação no álcool.
3. Tratamento de causas secundárias
Não menos importante, precisamos investigar se há causas secundárias. Pode ser necessário:
Suspender medicamentos que interferem na produção de testosterona;
Tratar doenças metabólicas, como diabetes e síndrome metabólica;
Cuidar da saúde mental (em casos de depressão ou ansiedade associada).
Quando não repor testosterona?
Existem algumas contraindicações para o uso da reposição, como:
Finalidade estética: proibida pelo Conselho Federal de Medicina;
Doenças hepáticas graves;
Apneia do sono não tratada;
Doenças cardiovasculares ativas ou risco elevado;
Câncer de próstata ativo ou suspeito, além de histórico da doença;
Poliglobulia (excesso de glóbulos vermelhos);
Infertilidade em homens com desejo de ter filhos (a reposição pode suprimir a produção de espermatozoides).
Nesses casos, existem alternativas, como o uso de gonadotrofinas, inibidores de aromatase ou moduladores seletivos do receptor de estrogênio, sempre sob orientação médica.
Quais os riscos de repor testosterona?
O uso excessivo de testosterona pode causar infertilidade, atrofia testicular e ginecomastia, além de dislipidemia e maior risco de trombose. Também pode levar a hipertrofia cardíaca, resistência à insulina, ganho de gordura abdominal e hipertensão.
Gosto de ressaltar que esses riscos estão associados principalmente ao uso abusivo, sem acompanhamento médico e desrespeitando as contraindicações.
Conclusão: baixa testosterona em homens deve ser tratada
A baixa testosterona em homens não deve ser ignorada. Ela impacta o corpo, a mente e a qualidade de vida. Ao identificar os sintomas e buscar ajuda especializada, é possível recuperar a vitalidade, melhorar o desempenho físico e sexual e proteger a saúde a longo prazo.
Se você suspeita de baixa testosterona, converse com seu médico. Com o diagnóstico certo e o tratamento adequado, é possível retomar o controle da sua saúde!
Aqui no Instituto Bramusse você encontra um tratamento completo de reposição hormonal, com hormônios isomoleculares, respeitando sua saúde e objetivos.
Venha nos conhecer!
Um abraço,
Dra. Thaísa Bramusse
CRM 50.338
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