O nosso organismo possui órgãos de desintoxicação, como o fígado e os rins, que têm a função de metabolizar e eliminar toxinas do corpo, como os xenobióticos.
No entanto, quando a exposição é excessiva, esses órgãos (e seus sistemas) podem ficar sobrecarregados. O acúmulo de substâncias tóxicas pode levar a problemas de saúde.
Por isso, hoje vou falar um pouco sobre os xenobióticos. Você vai entender o que são eles, os riscos para a saúde e como evitá-los. Ótima leitura!
O que são os xenobióticos
Xenobióticos são substâncias estranhas ao organismo, que normalmente não são encontradas na natureza ou no nosso metabolismo. Podem estar presentes em produtos químicos sintéticos, toxinas ambientais, fármacos, aditivos alimentares, poluentes industriais e do ar, metais pesados e pesticidas, por exemplo.
Essas substâncias entram no nosso corpo por meio da exposição ambiental, da alimentação e do uso de medicamentos, por exemplo.
Onde os xenobióticos estão presentes
Os xenobióticos estão presentes em:
Produtos químicos industriais: solventes, tintas, pesticidas, herbicidas, retardadores de chama e produtos de limpeza;
Poluentes ambientais: presentes no ar, água e solo, como metais pesados (chumbo, mercúrio, alumínio, cádmio), dioxinas, PCBs (bifenilos policlorados) e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAPs);
Medicamentos e drogas: os antibióticos, o álcool e as drogas recreativas são exemplos;
Aditivos alimentares: corantes artificiais, conservantes, edulcorantes artificiais e flavorizantes;
Plásticos e materiais sintéticos: bisfenol A (BPA) e outros componentes;
Produtos de limpeza e cosméticos: parabenos, formol, propilenoglicol, alumínio, cádmio, mercúrio e outros metais pesados.
Ou seja, a nossa exposição a eles está no dia a dia, tanto no uso de produtos industrializados, quanto no consumo e na preparação de alimentos.
Quais os riscos para a saúde
Alguns xenobióticos podem interagir com processos biológicos do nosso organismo, afetando o funcionamento celular, de tecidos e de órgãos.
A intoxicação por essas substâncias aumentam o risco de desequilíbrios hormonais (disruptores endócrinos), danos ao DNA, aumento dos radicais livres e do estresse oxidativo, obesidade, hipertensão, câncer e outras doenças graves.
Por exemplo, o consumo de alimentos contaminados pode aumentar o risco de puberdade precoce, crescimento ósseo anormal, câncer de fígado e pâncreas.
Como evitar os xenobióticos
É difícil evitar completamente a exposição a essas substâncias, mas alguns cuidados ajudam a reduzi-la:
Prefira alimentos orgânicos e in natura;
Evite comida industrializada, ela é rica em aditivos químicos;
Faça a higienização correta de frutas, hortaliças e legumes. Em alguns casos, descascar é a opção mais segura;
Evite comprar alimentos com embalagens plásticas, embutidos e enlatados. Evite também aquecer comida no micro-ondas em recipientes plásticos;
Evite cozinhar com panelas de alumínio e teflon;
Mantenha o corpo hidratado;
Utilize, sempre que possível, cosméticos naturais, livres de muitas substâncias químicas;
Evite o contato direto com produtos de limpeza;
Ao consumir carnes, remova a gordura e a pele, pois essas partes têm maior acúmulo de toxinas;
Evite gordura hidrogenada e frituras.
Pode ser difícil se livrar totalmente do contato com xenobióticos. E isso não pode se tornar algo estressante para você.
O ideal é ter consciência de onde eles estão presentes e evitar a exposição excessiva. Se você tiver cuidados com a alimentação, com o preparo dos alimentos e com o uso de produtos de limpeza e cosméticos, já estará dando um passo importante.
Até a próxima!
Dra. Thaísa Bramusse
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