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Foto do escritorDra. Thaísa Bramusse

Lipedema: o que é e como identificar


O lipedema é uma doença crônica e progressiva comum, mas bastante subdiagnosticada.

Isso porque ela é, muitas vezes, confundida com obesidade ou gordura localizada.


A doença não tem cura, mas pode e precisa ser controlada. O lipedema evolui progressivamente e pode trazer complicações sérias para a saúde e o bem-estar.


A seguir eu vou explicar direitinho o que é o lipedema, seus sinais, sua evolução e os tratamentos!


O que é o lipedema?

O lipedema é um acúmulo simétrico de gordura subcutânea, com maior potencial inflamatório, que cria uma superfície ondulada, irregular e aspecto de “casca de laranja”. A pele sobre a região afetada tende a ficar mais macia e frouxa.


É uma doença predominantemente feminina.


Causa e sintomas

O lipedema não tem relação com inchaço ou retenção de líquidos, por exemplo. A causa, na verdade, ainda é incerta. Sabe-se que sua origem é multifatorial, envolvendo fatores genéticos, hormonais e comportamentais.


Quem sofre com lipedema pode sentir a área afetada mais sensível e com uma sensação de peso e pressão. Além disso, pode sentir incômodo ou dor, especialmente ao toque ou após praticar atividade física, perda ou piora de mobilidade e comprometimento das articulações.


Quais as áreas afetadas pelo lipedema?


Imagem fonte: sbacvsp

O lipedema costuma ser classificado em 5 tipos, de acordo com a região acometida:


  • Tipo 1: umbigo até a região do quadril;


  • Tipo 2: umbigo até a parte inferior e lateral dos joelhos;


  • Tipo 3: umbigo até o tornozelo, podendo formar um depósito de gordura acima dos pés, com um aspecto de garrote. Uma característica típica do lipedema é que os tornozelos e os pés geralmente não são afetados.


  • Tipo 4: braços e geralmente associado aos tipos 2 e 3;


  • Tipo 5: abaixo do joelho.


Como o lipedema evolui?


Imagem fonte: sbacvsp

Como falei antes, o lipedema é uma doença crônica progressiva, ou seja, tende a evoluir se não for tratada. A doença é classificada em 4 estágios, que caracterizam sua progressão e gravidade:


  • Estágio 1: não há edema (inchaço) e as irregularidades da pele são leves. A gordura subcutânea começa a se acumular de forma simétrica, geralmente nas coxas, pernas e, às vezes, nos braços.


  • Estágio 2: há um aumento da gordura subcutânea, causando maior irregularidade na pele e piorando o aspecto de “casca de laranja”. Já é comum a sensação de peso e dor nas áreas afetadas.


  • Estágio 3: há um aumento significativo no volume de gordura subcutânea e piora do aspecto de "casca de laranja", já caracterizando deformidades. A dor e a sensação de peso se intensificam. Já pode haver comprometimento na qualidade de vida.


  • Estágio 4: é o mais avançado e grave. A gordura subcutânea continua a se acumular, e percebe-se nódulos grandes e dolorosos. As irregularidades e deformidades na pele são evidentes. Há dor e sensibilidade, comprometimento da mobilidade e podem ocorrer complicações no sistema linfático (linfedema), nas articulações e fibroses.


Nem todas as pessoas que sofrem com lipedema evoluirão continuamente por todos os estágios. Algumas complicações típicas são dores crônicas, piora da mobilidade, infecções e inflamações de pele, danos aos vasos linfáticos, além do impacto emocional.


Como é o diagnóstico do lipedema?

O diagnóstico é clínico e pode ser complementado por exames de imagem.


Como é o tratamento do lipedema?

O tratamento do lipedema abrange diferentes abordagens terapêuticas. Como dito anteriormente, não há cura, mas há controle.


Profissionais envolvidos:

  • Médico

  • Nutricionista

  • Preparador físico / fisioterapeuta

  • Massagista (drenagem linfática)

  • Emagrecimento

  • Dermatologista

  • Cirurgião vascular

  • Cirurgião plástico


Nem todos os pacientes precisarão dos cuidados de todos esses profissionais. Isso vai depender do estágio e dos impactos da doença na saúde e no bem-estar de cada um.


O mais importante é que o diagnóstico do lipedema seja precoce, para um controle mais eficaz e evitar as complicações.


Até a próxima!

Dra. Thaísa Bramusse


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