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Remédio para emagrecer: as novidades que vêm por aí

  • Foto do escritor: Dra. Thaísa Bramusse
    Dra. Thaísa Bramusse
  • há 1 dia
  • 3 min de leitura
frascos de medicamentos e seringa envolvidos por uma fita métrica

A busca por um remédio para emagrecer eficaz, seguro e de uso prolongado é uma das maiores frentes da indústria farmacêutica nos últimos tempos e temos percebido que essa corrida está cada vez maior e mais disputada.


De fato, os avanços são impressionantes. Nunca tivemos medicações tão eficazes no tratamento da obesidade. O sucesso da semaglutida (Ozempic) e da tirzepatida (Mounjaro), alavancou vários estudos e novas substâncias estão surgindo, prometendo resultados ainda mais potentes. 


Quer saber o que vem por aí? Siga a leitura ;)


Conheça a nova geração de remédios para emagrecer

Vou listar aqui algumas substâncias que já estão em fase de estudo e têm mostrado resultados promissores. 


1. Retatrutida (Farmacêutica Eli Lilly)

A retatrutida é um agonista triplo que atua simultaneamente em três receptores hormonais: GLP-1, GIP e glucagon. Essa ação combinada potencializa a sensação de saciedade, reduz o apetite e melhora o metabolismo da glicose.


Para se ter uma ideia, a tirzepatida é um agonista duplo e já trouxe resultados excepcionais.


Estudos clínicos na fase 2 com a retratutida mostraram uma média de redução de 24% do peso corporal em 48 semanas, um resultado superior ao de medicamentos já aprovados e comercializados. 


A expectativa é que a retratutida esteja no mercado até 2027.


Petrelintida (Farmacêuticas Zealand Pharma/Roche)

A Petrelintida é um análogo da amilina, um hormônio produzido pelo pâncreas que atua aumentando a saciedade, pois restaura a sensibilidade ao hormônio leptina.

Ela reduz ainda o desejo por alimentos palatáveis, os episódios de compulsão e o volume das refeições.


Os estudos iniciais sugerem que ela pode ter efeitos semelhantes à semaglutida e à tirzepatida, mas com uma tolerabilidade melhor. Além disso, seria uma medicação também voltada para a manutenção do peso, não somente a perda.


Os estudos na fase 1b mostraram que, em apenas 16 semanas, os pacientes tiveram redução de até 8,6% do peso corporal, um resultado animador para uma fase inicial. 


Atualmente, está em estudos de fase 2. Os ensaios clínicos ZUPREME-1 e ZUPREME-2 avaliam sua eficácia em pessoas com e sem diabetes tipo 2, respectivamente, com resultados previstos ainda para 2025.


3. Survodutida (Farmacêuticas Boehringer Ingelheim/Zealand Pharma)

Survodutida é um agonista duplo de GLP-1 e glucagon, promissor no tratamento da obesidade. Em comparação à semaglutida, mostrou resultados superiores em perda de peso, tanto em modelos animais quanto em pacientes com e sem diabetes tipo 2.


Em um estudo recente com pessoas com IMC ≥27 e sem diabetes, a dose de 4,8 mg/semana promoveu uma redução média de 14,9% do peso corporal em 46 semanas — e a perda ainda não havia atingido um platô, sugerindo efeitos ainda maiores com o uso prolongado.


 Além disso, mostrou um efeito positivo sobre esteatose hepática (gordura no fígado), comum em pacientes com obesidade.


A Survodutida está em transição da fase de estudo 2b para 3 e pode chegar ao mercado até 2026/2027.


4. Amicretina (Farmacêutica Novo Nordisk)

A amicretina é uma molécula em estágio inicial de desenvolvimento, mas já chamou atenção ao apresentar resultados superiores à tirzepatida em estudos iniciais.


Ela combina a ação do GLP-1 com a amilina, dois hormônios envolvidos no controle do apetite e na regulação da glicose.


Em estudo de fase 1b/2a, os resultados mostraram perdas de peso impressionantes: até 22% de redução do peso corporal com a dose de 20 mg em 36 semanas.


A amicretina avança agora para as próximas fases de estudo e pode se tornar um dos remédios para emagrecer mais potentes da próxima geração, embora ainda esteja distante do mercado (previsão após 2028).


Comparativo de resultados


tabela com comparativo entre os medicamentos
*Os dados de redução de peso variam conforme população e dose.

Conclusão


mulher antes e depois do emagrecimento

Estamos presenciando uma verdadeira revolução na medicina da obesidade. A cada ano, surgem novas moléculas que tornam o tratamento mais eficaz, seguro e personalizado. Embora ainda em estudo, esses novos remédios para emagrecer representam esperança real para milhões de pessoas que lutam contra a obesidade e suas complicações.


Mas o meu recado é claro: o remédio para emagrecer é parte do tratamento e não faz milagres. A mudança de hábitos é determinante para um emagrecimento saudável e para a manutenção do peso perdido!


Um abraço, 

Dra. Thaísa Bramusse

CRM 50.338


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