
Você já ouviu falar que a ocitocina é o “hormônio do amor”? Pois esse neurotransmissor está de fato relacionado à regulação das interações sociais e de comportamentos ligados à afetividade e ao vínculo emocional.
Mas não é só isso! Já sabemos que esse neuromodulador pode também contribuir para várias outras funções do organismo e para o tratamento de alguns distúrbios comportamentais e físicos.
A seguir, vou te explicar melhor o que é a ocitocina, como e quando é indicada a suplementação. Siga a leitura!
O que é a ocitocina?
A ocitocina é um neuropeptídeo sintetizado no cérebro, mais precisamente, no hipotálamo.
É um neurotransmissor que participa de várias funções comportamentais e fisiológicas.
Esse neuromodulador está diretamente associado ao parto, pois induz as contrações e a dilatação do colo uterino. E também à amamentação, pois estimula a liberação do leite.
A ocitocina é capaz de reduzir a secreção do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) e do cortisol, melhorando a resposta do corpo ao estresse e à ansiedade. Isso também está relacionado à sensação de bem-estar físico e emocional que ela proporciona.
Quais as ações da ocitocina?
Como falei anteriormente, a ocitocina está ligada a funções fisiológicas e comportamentais:
Indução ao trabalho de parto e à lactação;
Redução do estresse e da ansiedade;
Comportamento sexual, aumentando a sensação de prazer, facilitando o vínculo e a intimidade;
Função social, melhorando a interação e a afetividade;
Regulação cardiovascular.
Quando é indicada a suplementação de ocitocina?

A ocitocina pode ser usada como tratamento adjuvante de algumas condições. E já existem evidências de que a suplementação contribui para aliviar e para controlar sintomas.
Adjuvante no tratamento de distúrbios comportamentais:
Síndrome de burn out
Distúrbios de sociabilidade
Depressão e ansiedade
TDAH, autismo e esquizofrenia
Agressividade
Disfunções sexuais
Dificuldade de aprendizado
Falta de afetividade
Fobia social
Distúrbios sexuais (emocionais)
Adjuvante no tratamento de distúrbios físicos:
Doenças cardiovasculares
Obesidade
Infertilidade
Problemas de cicatrização
Dores crônicas
Esclerose múltipla
Fibromialgia
Osteopenia e osteoporose (menopausa)
Redução de gordura abdominal (menopausa)
Dificuldade de amamentação
Prevenção de mastite (amamentação)
Disfunção sexual e baixa libido
Como suplementar a ocitocina?
A reposição de ocitocina pode ser feita via oral (sublingual), nasal, endovenosa e por implante subcutâneo. A dosagem e a via de administração são definidas após a avaliação médica.
Implante de ocitocina
Aqui no consultório, tenho tido excelentes resultados com os implantes de ocitocina.
A vantagem do implante subcutâneo é a absorção mais eficaz, gradual e contínua, possibilitando melhores resultados. Além disso, há a facilidade de individualizar o tratamento, com doses específicas para cada paciente.
Outra vantagem é a melhor adesão, pois o paciente não se esquece de tomar ou de aplicar a ocitocina. E também, a duração do implante, de 3 a 6 meses.
O implante é feito no consultório, com anestesia local. Pequenos pellets são inseridos sob a pele, mais comumente na área dos glúteos e dos flancos (em homens).
Se quiser saber mais sobre a ocitocina e suas indicações, me mande sua pergunta ou entre em contato!.
Até a próxima!
Dra. Thaísa Bramusse
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